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Aumentou o consumo de suplementos durante a pandemia

7 de setembro de 2020

Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), o consumo de suplementos aumentou durante a pandemia do novo coronavírus. Esse é o resultado de uma pesquisa feita em 7 capitais, e o estudo aponta que o isolamento social pode ter contribuído para isso. 

Durante o mês de maio, foram realizadas 275 entrevistas nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Brasília e Belém. O impressionante é que em todo os lares avaliados, pelo menos um morador respondeu que fazia uso dos suplementos. O estudo indica também que 48% desses usuários aumentou o consumo de suplementos, multivitamínicos e afins durante a pandemia, e outros 47% mantiveram a mesma taxa de consumo, enquanto apenas 5% diminuíram.

Segundo a presidente da Abiad e engenheira de alimentos, Tatiana Pires, o aumento no consumo de suplementos durante a pandemia era esperado. “Os respondentes já se preocupavam com a saúde. Na pesquisa que realizamos anteriormente, concluímos que eles mantêm um estilo de vida equilibrado e buscam informações sobre isso”, relata.

A justificativa mais utilizada para o uso foi melhorar a imunidade (63%), sendo que 9% dos indivíduos mencionaram especificamente a Covid-19. Os três tipos de suplementos mais procurados foram multivitamínicos (28%), vitamina C (26%) e vitamina D (8%).

No entanto, é preciso ressaltar que não há evidência científica de que suplementos reduzam o risco de infecção pelo novo coronavírus. Em um documento que aborda diferentes tratamentos contra essa infecção, a Sociedade Brasileira de Infectologia afirma que “não há comprovação de benefício do uso de vitaminas C ou D, nem de suplementos alimentares, como zinco, exceto em pacientes que apresentam hipovitaminose ou carência mineral”.

O perigo de tomar suplementos sem orientação médica

Segundo artigo do médico cancerologista Drauzio Varella, também não há evidências de que a ingestão de vitaminas e suplementos alimentares torne a pessoa mais saudável. Pelo contrário, se consumidos em excesso, esses produtos podem ser prejudiciais para a saúde.

De acordo com o médico, a ingestão de certos micronutrientes como betacaroteno, ácido fólico, vitamina E, vitamina A e selênio, por exemplo, em doses diárias mais altas do que as recomendadas, pode aumentar a mortalidade geral e o número de óbitos por câncer e acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos. “O ideal é que a fonte de vitaminas e sais minerais seja a alimentação. Uma dieta rica em vegetais e proteínas oferece os micronutrientes em proporções biologicamente equilibradas”, ressalta.

O médico ainda aponta que a prescrição de vitaminas deve ocorrer apenas nas condições em que existem evidências científicas dos benefícios.

Como sempre, o recomendado é consultar um médico antes de ingerir qualquer substância, já que o preço a se pagar por não ter procurado a orientação de um especialista pode ser maior no futuro. E você, toma algum suplemento? Conta pra gente nos comentários.