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8 de outubro de 2019
A maioria das lesões musculares ocorre durante atividade física, correspondendo de 10 a 55% de todas as lesões. Os músculos mais afetados são os isquiotibiais (localizados no posterior da coxa), quadríceps e gastrocnêmios (panturrilha), músculos estes, biarticulares, que estão mais sujeitos às forças de aceleração e desaceleração. Tais lesões podem se dar por fatores extrínsecos, que ocorrem por meio de um fator externo, as contusões, ou intrínsecos, que são as disfunções musculares, os estiramentos e as rupturas.
O estiramento muscular é considerado uma lesão indireta caracterizada pelo alongamento das fibras além dos limites normais (fisiológicos). Essa lesão ocorre predominantemente durante as contrações musculares excêntricas, caracterizadas pelo alongamento gradativo das fibras musculares. Os músculos isquiotibiais são os mais acometidos nos membros inferiores, sendo eles bíceps femoral, semimembranoso e semitendinoso (músculos situados na região da coxa).
No exame físico identificamos edema, uma maior tensão do tecido local e uma depressão na área lesada visível ou palpável, com presença de hematomas, dependendo da sua gravidade e extensão.
Grau I – Lesão de extensão inferior a 5% do músculo. Sem perda da função ou força e há pequena resposta inflamatória. A dor é localizada durante a contração muscular contra resistência e pode ser ausente no repouso. Não há formação de hematoma e a limitação funcional é leve. Apresenta bom prognóstico e a restauração das fibras é relativamente rápida.
Grau II – Lesão com dimensões entre 5% e 50% do músculo, acompanhada de edema, dor localizada, hemorragia leve ou moderada. A limitação funcional é moderada na fase aguda, apresenta resolução em médio prazo, porém pode evoluir com sequelas.
Grau III – Lesão superior a 50% do músculo, acompanhada de perda de função, defeito palpável (retração muscular) e presença de hematoma. A recuperação é lenta e o prognóstico é indeterminado, de um modo geral evoluindo com sequelas, como deformidades.
A bandagem elástica funcional tem sido muito utilizada na fisioterapia no tratamento de atletas de crossfit em conjunto com outras técnicas específicas. Por ser um esporte de grande variabilidade física, a bandagem tem auxiliado na prevenção, na redução de dores musculares e articulares, instabilidade articular, entre outros.
Em um de seus modos, sua aplicação atua na redução de edema e hematomas favorecendo os estímulos mecânicos constantes na pele permitindo que a circulação e linfa fluam mais livremente. Devido a estes benefícios, que optamos pelo uso da bandagem como auxilio no tratamento do atleta de crossfit Bruno Lucena, de 32 anos, que sofreu um estiramento de isquiotibiais a um mês da competição. (Imagem 1.1, 1.2) Após dois dias da lesão, houve surgimento de hematomas na posterior do membro inferior esquerdo (MIE) e edema em toda a coxa. (Imagem 1.3)
Foi aplicada a KinesioSport para drenagem e redução do quadro de dor,
associado a outros tratamentos e o resultado foi bastante satisfatório. Na
primeira aplicação, três dias após a lesão, uma redução de 50% da equimose (mancha na pele) em dois dias de uso (Imagem 2.1 e 2.2).
Fez-se necessário uma segunda aplicação da bandagem, devido ao atleta
trabalhar em pé, o hematoma aumentou e se estendeu por todo o membro
(Imagem 3.1), em três dias obtivemos novamente um resultado extraordinário, redução em quase que 100% (Imagem 3.2 e 3.3). O hematoma e a dor o limitava por causar medo e insegurança de evoluir, o que é comum para os atletas que sofrem esse tipo de lesão. Reduzido o quadro de ambos, após 18 dias de tratamento, o atleta voltou a treinar sem adaptações, mas evoluindo aos poucos em cargas dentro do tempo previsto.
Texto apresentado em parceria com a fisioterapeuta Juliana Larissa, que cedeu também as imagens que ilustram o case de aplicação da bandagem KinesioSport.