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20 de maio de 2021
Nos últimos anos, a busca pelo corpo perfeito está em ascensão. São exercícios que prometem tonificar os músculos em poucos dias e até “shakes” que se dizem milagrosos. Em paralelo a isso, aparecem as dietas da moda, que podem limitar desde a quantidade de calorias até a ingestão de grupos de nutrientes específicos como o carboidrato, por exemplo. Você sabe quais são os perigos das dietas restritivas?
Um artigo escrito pelo médico nutrólogo Dan Waitzberg e a nutricionista Natália Lopes para a Revista Saúde, revela os principais perigos das dietas restritivas. Ambos profissionais integram o portal Nutritotal, que é desenvolvido por especialistas em nutrição clínica e em divulgação científica, e ainda fazem parte do quadro da Universidade de São Paulo (USP).
Eles explicam que as dietas, que vão desde a da sopa, por exemplo, até a paleolítica, que tem como base o consumo de plantas selvagens e proteínas animais, até podem gerar perda de peso. Mas isso ocorre à custa de processos metabólicos não saudáveis, que são, também, insustentáveis no longo prazo.
Ainda, é preciso lembrar que perder peso é diferente de emagrecer. “Perder peso é reduzir os números que a balança marca. Nisso, você pode se livrar da gordura, mas também (ou até mais) de músculo e água. Emagrecer já é a redução da gordura corporal, algo que comprovadamente faz bem à saúde, e que vai muito além da balança”, dizem os especialistas.
Mas querendo resultados rápidos, muitas pessoas acabam optando por dietas restritivas e que, a longo prazo, podem acarretar diversos problemas de saúde.
Algumas dietas podem acarretar indisposição, cansaço, fraqueza, dores de cabeça, queda de cabelo e unhas fracas. Isso acontece pela ingestão insuficiente de calorias e nutrientes. Como se consome menos do que o necessário para o nosso organismo, o corpo acaba direcionando os recursos para os órgãos vitais. Isso afeta a quantidade de nutrientes destinados para outras áreas e tecidos, como é o caso das unhas e dos cabelos.
Como o próprio nome já apresenta, as dietas restritivas excluem ou restringem em quantidade alguns grupos de alimentos. Os carboidratos são o alvo mais comum, pois as pessoas tendem a achar que engordam por causa dele. Mas quando a pessoa retira da rotina esse nutriente, perde energia e outros micronutrientes contidos nesses alimentos, como por exemplo minerais e vitaminas, com destaque para as do complexo B.
Além disso, com as dietas rápidas pode ocorrer também a perda de massa muscular, que é fundamental para a realização das atividades diárias e consome mais energia que o tecido gorduroso. “Quando somos jovens, perder músculos pode não comprometer a qualidade de vida, mas, à medida que envelhecemos, não dispor de uma boa reserva muscular tem graves consequências”, defendem os especialistas da Nutritotal.
Existem também evidências de que outro perigo das dietas restritivas é o risco de desenvolver distúrbios como anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Em um grupo de estudantes, pesquisadores observaram que aqueles que usaram aplicativos para contar as calorias dos alimentos consumidos manifestaram níveis mais elevados de preocupação com a restrição alimentar e o controle do peso, situações bastante frequentes no início dos transtornos alimentares.
Com base nesses perigos que apresentamos, associados às dietas restritivas, devemos nos perguntar: porque queremos emagrecer tão rápido? Ou ainda: porque buscamos um corpo perfeito? Ter saúde vai além de estética! Vale lembrar ainda que não adquirimos o peso de um dia para o outro, então, porque queremos eliminá-lo do dia para a noite?
O emagrecimento é um processo que deve ser feito aos poucos, com acompanhamento profissional e com paciência. Afinal de contas, o importante mesmo é termos saúde!